Declarações de Marques Guedes foram "inaceitáveis"
Marques Guedes considerou, a 20 de novembro, que "foi este Governo, quando as orientações ainda eram dadas por si, e não desgovernamentalizadas, que deu orientações muito claras no sentido de que a RTP se afastasse desse tipo de concorrência com outros operadores".
O ministro da presidência considerava que "os dinheiros públicos, do ponto de vista do Governo, não deveriam ser aplicados" na compra de direitos de transmissão de jogos de futebol e tomou esta posição no dia seguinte ao ter sido conhecida a candidatura e eventual vitória da RTP na quisição dos direitos da Champions 2015/18 por cerca de 15 milhões de euros.
Para o presidente do CGI, António Feijó estas declarações são incongruentes, mas são mais: "inaceitáveis". "Essas declarações são inaceitáveis. Se o modelo é independente não pode dizer em que sentido deve atuar. É uma contradição insanável", afirmou aos deputados esta tarde em Comissão Parlamentar de Ética, relembrando que se o supervisor é independente deve exercer a sua atividade dessa forma.
Por contraposição, António Feijó vincou que "a relação do ministro da tutela (adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro) com o CGI tem sido irrepreensível", afirmou.